sábado, 5 de dezembro de 2009

União de Pão de Açúcar e Casas Bahia coloca em risco a competição na web?
Por Clayton Melo, do IDG Now!
Publicada em 04 de dezembro de 2009 às 15h52
Atualizada em 05 de dezembro de 2009 às 14h54


Nova PontoCom, companhia de comércio eletrônico criada nesta sexta-feira-feira (4/12) a partir da fusão das varejistas, terá faturamento de R$ 2 bilhões.

A criação da Nova PontoCom, empresa de comércio eletrônico formada nesta sexta-feira (4/12) a partir da fusão de Pão de Açúcar e Casas Bahia, suscita algumas reflexões sobre o futuro do comércio eletrônico, que deve fechar 2009 com um faturamento de 10,5 bilhões de reais no Brasil, uma expansão de 28% sobre os 8,2 bilhões de reais de 2008.

Por se tratar da união de dois pesos pesados da varejo tradicional, a nova companhia na internet representa um risco à competição no varejo eletrônico? Como fica a correlação de forças na web a partir de agora? O consumidor pode ser afetado, em função de possíveis aumentos de preços dos produtos?

Consultores especializados em comércio eletrônico ouvidos pelo IDG Now! não acreditam que o negócio seja desfavorável ao consumidor ou ao mercado.

Mais lojistas

O sócio da consultoria especializada em comércio eletrônico GMattos, Gastão Mattos, afirma que, embora tenha presenciado algumas fusões nos últimos meses, o setor de comércio eletrônico passa por um momento de ampliação no número de lojas virtuais, principalmente em razão da chegada pequenos e médios lojistas virtuais.

Essa realidade minimiza a concentração percebida no topo da pirâmide do mercado.

"Existe uma tendência de diminuição da participação dos dez maiores varejistas online no faturamento do setor. Isso se deve à entrada de uma série de pequenos e médios lojistas na web", afirma Mattos. Hoje, os dez maiores da área representam cerca de 80%do comércio eletrônico no País, porcentagem que tende a cair.

"Deve chegar a 70% em uns dois anos", estima Mattos, que é ex-presidente da camara-e-net, entidade que representa o setor.

Varejistas regionais

O diretor-geral da empresa especializada em comércio eletrônico e-bit, Pedro Guasti, tem avaliação semelhante. "A quantidade de novas empresas na área cresce continuamente.

Agora, por exemplo, percebemos um forte movimento de pequenos e médios varejistas da economia real rumo ao comércio eletrônico", diz.
Ele diz que não dispõe de dados sobre o número de novos competidores que ingressam no mercado a cada ano, mas cita como termômetro a base de lojas virtuais conveniadas à e-bit."Há dois anos eram mil lojas. Hoje, são 2,1 mil", afirma.

Repercussão

A reportagem procurou empresas que se relacionam de alguma forma com o setor de varejo para repercutir a notícia da fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia.

A Magazine Luiza, concorrente no varejo tradicional e no online, preferiu não se pronunciar.

A mesma posição foi adotada pela fabricante de computadores Positivo Informática - a companhia vende equipamentos para as duas varejistas que acabam de se unir - e pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abine). Ambas alegam ser muito cedo para qualquer avaliação sobre o assunto.

http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/12/04/uniao-de-pao-de-acucar-e-casas-bahia-coloca-em-risco-a-competicao-na-web/

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