quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Alimentos indicados para quem tem transtorno bipolar

O transtorno bipolar (TB) é uma doença psiquiátrica que acompanha a história da humanidade. Existem relatos na Bíblia e em documentos do período da Grécia e Roma antiga que descrevem pessoas e personagens que sofriam de melancolia e que alternavam seu humor, hora sentindo-se imbatíveis e em outros momentos se sentindo incapazes de realizar qualquer atividade.
Essa doença é uma condição psiquiátrica considerada relativamente frequente atingindo em média 1 a 2% da população mundial. Não existe uma diferença entre os sexos, etnia e classe social. O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. A causa da doença é desconhecida, mas ela tem forte associação com fatores genéticos. Estudos indicam que pessoas que têm um parente de primeiro grau com distúrbio bipolar demonstram um risco maior de 8 a 15% em relação à população em geral. Aproximadamente em 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.

Os primeiros sintomas geralmente são desencadeados por situações como traumas, incidentes ou acontecimentos fortes que podem gerar estresse emocional como mudança, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.

Os sintomas iniciais surgem gradualmente ou de forma repentina. Eles são variados, sendo que a mudança brusca de humor é o mais marcante, iniciando tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca.

Na fase maníaca o indivíduo apresenta grande euforia, ele se sente bem e autoconfiante. Os sinais e sintomas que comumente marcam esse período são: o aumento de energia na produtividade sem a necessidade de descanso; insônia; falta de concentração; aumento da atividade sexual; compulsão para gastar dinheiro e tendência ao consumo abusivo de drogas, particularmente cocaína, álcool, e medicamentos para dormir.

Os pensamentos tornam-se extremamente rápidos e às vezes não realísticos sobre habilidades e poder. O comportamento pode ser agressivo, arredio ou provocador e durar um longo período.

Na fase de depressão o indivíduo tem sentimentos de tristeza; pessimismo; sensação de vazio, culpa pela falta de esperança e autoconfiança, ansiedade e irritabilidade. Ele pode perder o interesse por atividades ou prazeres de que gostava, incluindo sexo.

Ocorre uma diminuição de energia, sentimentos de fatiga; dificuldade de concentração e sono excessivo. Os sintomas físicos frequentemente relatado por pacientes são: dor crônica ou outro sintoma persistente não causado por doenças físicas ou acidentes e ganho ou perda de peso devido à mudança de apetite.

Entre as duas fases existe um período de normalidade.

Existem dois tipos de transtorno afetivo bipolar o I e o II.

O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. O tipo II caracteriza-se por episódios de mania leve (*hipomania) associada à depressão.

Em algumas pessoas, os sintomas de mania e depressão podem ocorrer em conjunto e são chamados de estado bipolar misto. Sintomas desse estado geralmente incluem agitação, problemas para dormir, mudanças no apetite, psicoses e pensamentos suicidas.

Os sintomas psicóticos podem estar presentes em qualquer forma de distúrbio bipolar afetivo. A forma irregular dos sintomas pode confundir os médicos dificultando o diagnóstico e o acesso ao tratamento adequado.

Para realizar o diagnóstico com segurança é necessário que o médico seja altamente qualificado, pois o diagnóstico é através de avaliação clínica baseada nos sintomas, curso da doença e histórico familiar.

O tratamento medicamentoso é indispensável sendo o lítio a medicação de primeira escolha feita pelos médicos, e frequentemente torna-se necessário acrescentar também as drogas anticonvulsivantes. O tratamento deve ser permanente, uma vez, que essas medicações inibem ou reduzem a frequência das recaídas. O tratamento psiquiátrico é de longa duração e a psicoterapia também é recomendada como terapia coadjuvante.

Pesquisas indicam que o uso de alguns suplementos nutricionais pode auxiliar no tratamento do transtorno bipolar. Os suplementos mais indicados são os de vitamina C, aminoácido taurino e Omega-3. Deve ser lembrado que os suplementos só devem ser consumidos sob orientação médica ou de um nutricionista, uma vez que as doses indicadas são muito elevadas.

Estudos indicam que indivíduos que sofrem de distúrbio bipolar apresentam algumas deficiências nutricionais como a anemia e deficiência de vitaminas do complexo B.



Para evitar a anemia é importante o consumo de alimentos de origem animal, eles são as melhores fontes de ferro. Apenas uma vez por semana consuma um bife de fígado de 100 gramas. Caso o sabor não agrade uma dica pode ser a de adicionar fígado de galinha no feijão. Ele também é rico em ferro tem sabor mais suave, e quando cozido junto com o feijão seu sabor desaparece.

As vitaminas do complexo B estão presentes em todos os alimentos. Uma dieta equilibrada contendo todos os grupos de alimentos fornece a quantidade adequada dessas vitaminas.

Como em todas as doenças psiquiátricas, o tratamento do transtorno bipolar é fundamental para se manter a qualidade de vida do indivíduo impedindo que ele se isole do mundo em que vive. Essa doença se não tratada pode prejudicar a relação do paciente com as pessoas de seu convívio e em casos mais graves impedir que o mesmo realize suas atividades diárias básicas tais como trabalhar e estudar.


http://www2.uol.com.br/vyaestelar/alimentos_transtorno_bipolar.htm

Um comentário:

  1. Nota 10. Parabéns pelo o post. Particularmente não gosto muito de peixe, estou buscando o ômega3 em capsúlas, mas está difícil de achar um que seja bom. As vitaminas estou usando e tem dado certo. abs

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