Os efeitos da doença são mais perigosos do que aparentam. Falta de sono, má alimentação, fadiga, entre outros, podem levá-lo à lona em pouco tempo
Leonardo Guariso
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VN – Ou seja, não dá para sair da depressão sem ajuda médica.
Ana – Na maioria das vezes é necessária a ajuda de um especialista (médico ou psicólogo). No entanto, pessoas que têm um bom suporte social, como apoio familiar e prática religiosa, por exemplo, conseguem desenvolver comportamentos resilientes que possibilitam a elas enfrentar a depressão e sair desse processo sem a ajuda médica.
VN – Há quem sofra de problemas de memória ao entrar em depressão. Qual a relação da doença com os famosos “brancos”?
Ana – Na depressão, existem alterações neuroquímicas que afetam a memória, atenção e concentração. Com isso, toda a capacidade cognitiva fica prejudicada.
VN – E quanto à vida sexual. Como ela é afetada?
Ana – A alteração de humor provocada pela depressão prejudica todos os setores da vida pessoal e profissional da pessoa. Na vida sexual, o que fica diretamente afetado é a libido, ou seja, o desejo sexual pelo parceiro, que é diminuído em decorrência das alterações neuroquímicas e do sentimento de inadequação experimentado pela pessoa em depressão.
Fazer ioga ajuda a diminuir o quadro
de ansiedade, sentimento comum no deprimido
VN – A depressão também pode causar fadiga?
Ana – Sim. A fadiga é apenas um dos sintomas que a depressão causa devido às alterações neuroquímicas. A pessoa deprimida pode experimentar sensações de não ter energia, interesse ou mesmo impulso para sequer iniciar a atividade física.
VN – E quanto à alimentação?
Ana – Assim como a fadiga, pode ocorrer perda do apetite com consequente emagrecimento severo.
VN – Como as terapias naturais podem amenizar o problema?
Ana – Ainda há poucos estudos científicos que comprovem a eficácia das terapias naturais no tratamento da depressão. No entanto, essas práticas alternativas têm sido indicadas como um método promissor para o tratamento da depressão.
Agentes naturais
Veja como as terapias alternativas agem:
Acupuntura
A inserção das agulhas em pontos específicos do corpo estimula as chamadas terminações nervosas. O estímulo age no sistema límbico, liberando a produção de substâncias que promovem o bem-estar, como a serotonina. “A técnica tem o mesmo efeito dos medicamentos antidepressivos, no entanto, sem seus efeitos colaterais”, revela o médico Dirceu de Lavôr Sales, presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).
Ioga (meditação)
“Ela promove a liberação de endorfinas, compostos que produzem no cérebro um estado de relaxamento”, conta Ricardo Monezi, do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, o método agrega técnicas de respiração que ajudam a diminuir o quadro de ansiedade.
http://revistavidanatural.uol.com.br/saude-alimentos/42/artigo187314-2.asp
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